Lista de Projetos – ROI – Julho/Setembro de 201
• Contínuo
C01) O monitoramento de Blazares na era do FERMI.
Autores: Pedro Paulo Bonetti Beaklini (IAG/USP) & Zulema Abraham (IAG/USP)
Resumo: Neste projeto propomos o estudo de Núcleos Ativos de Galáxias (AGNs) em distintos comprimentos de onda, desde rádio até raios-?, tanto do ponto de vista observacional quanto das teorias e modelos que tentam explicar as características do espectro e sua variabilidade. A motivação deste projeto foi a entrada em funcionamento do observatório Fermi (GLAST), satélite de raios-? que opera no intervalo de energia de 10 keV a 300 GeV, e que observará regularmente uma série de AGNs. Para atingir o objetivo deste trabalho serão realizadas observações com o radiotelescópio do Itapetinga em 43 GHz, assim como observações ópticas, fotométricas e polarimétricas no Observatório do Pico dos Dias, e os resultados comparados com dados do Fermi e do H.E.S.S. , este último detectando raios-? com energias de TeV.

C02) Observações em rádio de Eta Carinae
Autores: Zulema Abraham (IAG/USP)
Resumo: Pretendemos continuar com o monitoramento da curva de luz de Eta Carinae em 7 mm.

• Espectroscopia (AOS – 22GHz)

C03) Estudo da variabilidade temporal e espectral do Centro Galáctico, Centaurus A, 3C273. OJ287, BL LAC e PKS 1830-211 em 22 e 43 GHz.
Autores: Luiz Claudio Lima Botti, Iara Tosta e Melo, Suzi Izaquiel, Samuel Sanches, Gunther Damaceno Barbosa, Henrique Giannini, Márcio Gastaldi. (CRAAM/INPE).

Resumo: Pretende-se neste trabalho de pesquisa estudar objetos tão próximos como o Centro de Nossa Galáxia e a galáxia Centaurus A, bem como tão distantes como os quasares e objetos BL Lacertae ( 3C273, OJ287, BL LAC, OV236 e o Anel de Einstein PKS 1830-211) O núcleo de Nossa Galáxia e a rádio-galáxia Centaurus A apresentam comportamento bastante semelhante àquele encontrado em quasares extremamente distantes no que diz respeito a sua variabilidade. Acredita-se que em quasares, que estão a bilhões de anos luz e também no Centro de nossa Galáxia e Centaurus A, exista um buraco negro super-massivo. No caso de nossa Galáxia o buraco-negro deve ter milhões de massas solares enquanto nos quasares, bilhões de massas solares Centaurus A (NGC 5128) é a rádio-galáxia ativa mais próxima da Via Láctea apresentando grande variabilidade. Dessa forma tornou-se um objeto extremamente interessante para se compreender o fenômeno AGN.
O quasar OJ287 (z=0,306) é um objeto extremamente variável tanto em rádio quanto em comprimentos de onda ópticos mostrando comportamento quaseperiódico. Nas curvas de luz em óptico são notados dois períodos muito distintos, um referente a uma periodicidade de 12 anos e outro a uma periodicidade de 60 anos.
O quasar 3C273 é um dos mais próximos (z=0,158) e um dos mais poderosos quasares conhecidos, apresentando grande variabilidade tanto em rádio, como nas demais faixas do espectro eletromagnético.
BL Lac, é uma fonte superluminal com grandes movimentos próprios Situa-se na Constelação de Lacerta. Possui desvio para o vermelho de 0,069 e seu jato tem uma inclinação de cerca de 19o em relação à linha de visada. Tanto 3C273 como o BLLAC, apresentam grande variabilidade em diversos comprimentos de onda, desde o rádio até os raios gama.
A radiofonte PKS 1921-293 (OV236) é um quasar que apresenta grande variabilidade em todas as faixas do espectro eletromagnético. Também é classificado como um objeto BL Lac, devido a sua polarização e variabilidade em 2,2 µm . Possui um desvio para o vermelho de 0,352.
A lente gravitacionall PKS1830-211 pode ser estudada em todos os comprimentos de onda, desde o rádio até os raios-x. Os primeiros registros desse objeto são de 1969, quando foram feitas as primeiras observações em 5 GHz em Parkes. Com o auxílio do VLA (Very Large Array), notou-se que o espectro desta fonte tem seu pico por volta de 1 GHz e acima desta freqüência o espectro lei-de-potência tem inclinação de aproximadamente 0,3.
A maior parte desses objetos tem sido observados no Rádio Telescópio do Itapetinga desde a década de setenta, em 22 e 43 GHz. Pretende-se dar continuidade a este monitoramento de longo período, fazendo-se observações mensais dessas radiofontes .

L01) Formação Estelar no Complexo de Nuvens Moleculares em Monoceros
Autores: Diana Renata Gonçalves Gama (IAG/USP), Jane Gregorio-Hetem (IAG/USP), José Williams Vilas Boas (DAS/INPE) , Thiago Monfredini (DAS/INPE)
Resumo: A formação de estrelas massivas é identificada, do ponto de vista observacional, por uma sequência: desde condensações de nuvens escuras até chegar às clássicas regiões HII. No entanto, os processos iniciais de formação de estrelas massivas são ainda pouco conhecidos. Modelos teóricos mostram que o cenário poderia ser tanto de colapso de nuvem e subsequente acresção, ou de acresção competitiva e coalescência de protoestrelas de massa intermediária. No projeto de mestrado, pretendemos identificar e avaliar a distribuição espacial de condensações de nuvens, com características de objetos pré-estelares associados a estrelas massivas, para que estudos mais detalhados possam ser realizados de forma estatística, proporcionando um conhecimento mais aprofundado das condições de formação e evolução de protoestrelas. O objetivo é caracterizar o cenário geral da região Galáctica que contém as nuvens moleculares de Monoceros, Canis Majoris e Rosette. Masers astrofísicos tem sido observados nas regiões de formação estelar e são uma forma de se obter informações sobre o ambiente que as abrigam. O maser de água, em especial, indica estágios primários da formação de estrelas massivas por traçar o gás que está sofrendo choque devido aos jatos e fortes ventos originados na protoestrela em formação. Assim, pretende-se realizar observações rádio na banda de 22 GHz para a detecção de maser de água, como um dos indicativos da fase embrionária de estrelas massivas em formação nas nuvens gigantes Rosette e Mon R2 pertencentes ao complexo de nuvens moleculares de Monoceros.

L02) Observação de Regioes HII Ultracompactas na linha de recombinação H66a
Autores: Zulema Abraham (IAG/USP), Jacques Lépine (IAG/USP), Roberto Ortiz (IAG/USP)
Resumo: Pretendemos observar regiões HII compactas na linha de recombinação H66 alpha. As densidade destas regiões indicam que a linha deve apresentar emissão estimulada, o que aumenta consideravelmente sua intensidade com relação a LTE.

L03) Survey de Amônia em Regiões HII ultra-compactas
Autores: Zulema Abraham (IAG/USP), Jacques Lépine (IAG/USP), Roberto Ortiz (IAG/USP)
Resumo: Nosso objetivo é empreender um survey sistemático de emissão de Amônia (NH3) na direção de fontes infravermelhas selecionadas por seus índices de cor, que são presumivelmente regiões HII super-compactas.

L04) Busca por Emissão de Maser de Água na direção de Objetos Estelares Jovens de Grande Massa
Autores: Gabriel Rodrigues Hickel (UNIFEI), Felipe Navarete (IAG/USP), Cássio Leandro Dal Ri Barbosa (UNIVAP), Augusto Damineli (IAG/USP), José Williams dos Santos Vilas-Boas (DAS/INPE)
Resumo: A formação de estrelas de grande massa e massa intermediária ainda é um tópico em aberto em Astrofísica, justamente pela dificuldade de observar os estágios mais iniciais destes objetos. A grande opacidade dos ambientes de formação, aliada à raridade dos objetos e ao seu reduzido tempo de vida, praticamente impedem uma melhor análise da física de formação das estrelas de grande massa. Existe um grande debate se estes objetos de grande massa formam-se como seus pares de menor massa (via disco de acréscimo, com outflow) ou através de merger de estrelas de menor massa. Buscando contribuir para esclarecer a questão, propomos a busca por emissão maser de água na direção de objetos estelares jovens de grande massa, selecionados do Red MSX catalogue. Este projeto é paralelo a outro (já em andamento), que busca a emissão de H2 (2,12 ?m) na direção dos mesmos objetos, tentando detectar e caracterizar outflows. A ejeção de matéria no entorno de estrelas de grande massa é sabidamente um mecanismo de formação de regiões propícias à emissão de maser de vapor de água, como ocorre em W49 e W51.

L05) Monitoramento de Maser de H2O em IRAS 16293-2422 e busca de Maser de Metanol em 23,1 GHz
Autores: Thiago Monfredini (DAS/INPE) & José Williams dos Santos Vilas-Boas (DAS/INPE) Resumo: O projeto visa monitorar as componentes maser de água no objeto estelar jovem IRAS 16293-2422, assim como buscar a detecção de maser de metanol em 23,1 GHz neste mesmo objeto.

L06) Pesquisa da emissão Maser de H2O em glóbulos de Bok contendo objeto estelar jovem associado.
Autores: José Williams dos Santos Vilas-Boas (DAS/INPE), Victor de Souza Magalhães (DAS/INPE), German Racca (DAS/INPE), Cláudia Vilega Rodrigues (DAS/INPE), Gabriel Rodrigues Hickel (UNIFEI)
Resumo: Dez glóbulos de Bok, praticamente isolados, com objetos jovens associados e classificados como Classe 0 ou I, foram selecionados para tentar detectar emissão de maser de água associada. Esses glóbulos, pela classificação dos objetos estelares jovens, têm maior probabilidade de ter emissão maser de água associada, capaz de ser detectada com a antena de 13,7 m do ROI. Algumas das fontes de emissão maser em objetos desta natureza apresentam emissões tão intensas que torna-se difícil explicar porque elas são tão diferentes de outras fontes similares. Fontes com estas características são peculiares e se tornam objetos importantes para o estudo das regiões de formação de estrelas de pequenas massas. Esse é um conjunto de glóbulos com perfis de densidade bem determinados e para os quais foram discutidos seus estados de estabilidade.

L07) Pesquisa de HNCO, HCNH, CH3NH2, CH3CH2NH2, H2O2, HCOOH e Glicina, na banda de 21 a 24 GHZ.
Autores: Sergio Pilling (UNIVAP), Diana Pilling (UNIVAP), Jose Williams Vilas-Boas (DAS/INPE)
Resumo: Nessa fase incial do projeto, pretendemos pesquisar algumas linhas de transição de HCOOH, na banda de 21 a 24 GHz, na direção do Centro Galáctico, Orion e IRAS16293-2422, em Ophiucus. Serão realizadas integrações, na direção dessas regiões, para chegar a 1 mk de temperatura de antena, que corresponde a aproximadamente 0.4 Jy de densidade de fluxo. Essas fontes têm características distintas e grande diversidade de ambientes encontrados nas nuvens moleculares.